Casos de dengue chegam mais cedo nos municípios da região

As confirmações dos primeiros casos de dengue chegaram mais cedo na região no período epidemiológico da doença que começou em 31 de julho e segue até agosto de 2023. Segundo o boletim divulgado nesta terça-feira (13) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), são 25 casos da doença na região, sendo 16 na área da 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, e nove na 22ª RS, de Ivaiporã.

No período epidemiológico de 2021/2022, encerrado em 31 de julho deste ano, a região registrou os primeiros casos da doença apenas no primeiro trimestre de 2022. A 16ª RS, por exemplo, chegava a 13 casos apenas em 15 de fevereiro, enquanto a 22ª RS somava os cinco primeiros registros no boletim de 15 de março.

 As duas regionais fecharam o último ciclo com 5.832 casos de dengue, sendo 4.737 na região de Apucarana e 1.095 na região de Ivaiporã. Foram também cinco óbitos, todos em Arapongas, pertencente à 16ª RS.

A antecipação dos casos gera preocupação. Segundo o chefe da 16ª RS de Apucarana, Marcos Costa, a situação deve reforçar o alerta, principalmente com o fim do inverno e chegada dos dias mais quentes, quando o clima é mais propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Dos 16 casos confirmados até agora, cinco foram registrados em Arapongas, cinco em São Pedro do Ivaí, quatro em Jandaia do Sul e dois em Bom Sucesso.  

“Não tivemos um inverno tão rigoroso neste ano, o que pode ter propiciado as condições para a manutenção dos criadouros do mosquito transmissor da doença ”

- Marcos Costa, chefe da 16ª RS

Ele observa que o quadro exige uma maior vigilância, principalmente da população, que precisa colaborar com a eliminação dos criadouros, evitando recipientes que possam aglomerar água e a limpeza dos quintais das residências. “Em breve começaram os dias mais quentes, o que aumenta a preocupação”, diz.

Na área da 22ª RS, os nove casos de dengue confirmados foram todos em Lidianópolis. Com 3.155 habitantes, o município está perto do quadro de epidemia, com taxa de transmissão de 285,26 por 100 mil habitantes. O quadro epidêmico ocorre quando esse índice ultrapassa 300 por 100 mil habitantes.

O secretário de Saúde de Lidianópolis, Luiz Carlos da Silva, mais conhecido como Casagrande, afirma que o município tem realizado uma série de ações para conter o avanço da doença, como “arrastões” de conscientização e aplicação de inseticida com o uso das chamadas “bombas costais”. 

PARANÁ

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná confirmou mais 123 casos de dengue no Estado no boletim semanal divulgado nesta terça-feira (13). São até agora 652 casos no ano epidemiológico, 6.319 notificações  e uma morte, confirmada na semana passada. A vítima é uma mulher de 73 anos, de Maripá, na região oeste do Paraná. 

O boletim aponta ainda que 132 municípios têm casos confirmados de dengue. O Paraná encerrou o período epidemiológico de 2021/2022 com 257.842 notificações, 132.328 casos confirmados e 88 mortes causadas pela doença.

Fonte TNOnline



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