Agentes penais são investigados por homicídio culposo por envolvimento em acidente que matou caminhoneiro no Paraná, diz delegado

Os quatro agentes penais suspeitos de causar o acidente
que resultou na morte de um jovem de 24 anos na terça-feira (4), em Candói, no região central do estado, são investigados
por homicídio culposo. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (5) pelo
delegado Bruno Maciozek, que conduz o caso.
A vítima foi Angel Marcelo Carreras Gimenez, morador do
Paraguai. Ele conduzia uma das duas carretas que colidiram de frente na BR-277.
Os veículos pegaram fogo após a batida.
Em nota, ainda na terça, o Departamento Penitenciário do
Paraná (Depen-PR) negou o envolvimento dos servidores e das viaturas no
acidente. Nesta quarta, o posicionamento do departamento permaneceu o mesmo.
O motorista da segunda carreta envolvida no acidente, que não
teve nome e idade revelados, ficou em estado grave e foi encaminhado para
atendimento hospitalar em Guarapuava. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
A investigação
De acordo com o delegado, o inquérito policial
instaurado também apura os crimes de lesão corporal culposa, omissão de socorro
e afastamento de local do crime. Os suspeitos, segundo Maciozek, foram ouvidos
no fim da tarde de terça e liberados.
Para a polícia, há indícios
de que houve culpa dos servidores do Departamento Penitenciário do Paraná
(Depen), que transitavam pela rodovia em duas viaturas. Eles são de Cascavel,
no oeste do estado, e realizavam transporte de pelo menos três presos para Curitiba.
Ainda
na terça, testemunhas disseram que as viaturas foram responsáveis pelo
acidente. Um dos depoimentos foi de um motorista paraguaio, amigo de Angel, que
também dirigia uma carreta à frente do amigo.
A
Polícia Civil disse, também, que se for comprovada a culpa dos agentes penais,
eles serão indiciados e será repassada a cópia do inquérito para apuração
administrativa do Depen.
O que diz o sindicato
Em nota, na terça, o Sindicato dos Policiais Penais
do Paraná (SINDARSPEN) informou que os quatro policias que estavam nas viaturas
só souberam do acidente quando foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal
(PRF), quilômetros após a batida.
Nesta quarta, o sindicato disse que só emitirá um
novo parecer quando o advogado que defende os agentes tiver acesso ao inquérito
policial.
De acordo com a Polícia Civil, o prazo legal da
investigação é de 30 dias, prorrogável pelo mesmo período caso exista a
necessidade.
Segundo o delegado, o segundo motorista que se
envolveu no acidente será ouvido pela polícia tão logo seja possível.
Fonte G1