Ramon, jogador do Flamengo, é indiciado por homicídio culposo em caso de atropelamento de entregador

O jogador do Flamengo, Ramon Ramos Lima, foi
indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, pelo homicídio culposo (sem
intenção de matar) do ciclista Jonatas
Davi dos Santos, em 4 de dezembro passado, que trabalhava como
entregador de aplicativos.
O relatório do caso foi encaminhado pela Polícia
Civil ao Ministério Público estadual.
De acordo com as investigações, houve dois motivos
para o atropelamento:
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a) A
imprudência de Ramon ao conduzir o veículo entre 20% e 50% acima da velocidade
máxima permitida naquela via que é de 70 Km/h
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b) A
imprudência de Jonatas, ao cruzar as faixas de rolamento, sendo a avenida das
Américas, uma via de grande movimento, mesmo em sua pista lateral que possui
velocidade máxima permitida de 70 km/h.
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Em 4 de
dezembro, por volta das 20h31, o carro de Ramon, um Honda Civic, de cor cinza,
ano 2021, colidiu contra o ciclista. O acidente aconteceu próximo à estação
Interlagos, do BRT.
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Minutos
antes, Ramon levou uma multa, por trafegar entre 20% e 50%,
acima da velocidade máxima permitida para a via que é de 70 km/h. O equipamento
de radar instalado no local mediu uma velocidade de 110 km/h, sendo considerada
a velocidade de 102 km/h.
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O carro
não teria avançado o sinal, passando 14 segundos após a sua abertura.
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Imagens
de câmeras obtidas pela polícia mostram Ramon parando seu carro após a colisão,
desembarcando do veículo e correndo na direção da vítima como ele informou em
depoimento na delegacia.
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Os
investigadores consideraram que houve "imprudência" ainda do ciclista
atropelado ao cruzar a pista.
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Segundo o
relatório, “nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de
bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou
acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da
pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via,
com preferência sobre os veículos automotores”.
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Os
policiais consideraram no documento encaminhado ao Ministério Público que
"apesar do local não ser dotado de uma ciclofaixa, o ciclista não poderia
ter se afastado dos bordos da pista, iniciando uma manobra que culminou em sua
morte".
Em nota na semana do acidente, Ramon afirmou que lamenta o
ocorrido e colabora com as investigações e que busca forças para auxiliar, em
tudo o que for necessário, a família da vítima.
Fonte G1