Moro: prefiro ser alvo do Bolsonaro do que ser cúmplice dele

A política está "pegando fogo" no país atualmente. O que comprova isso é a troca de farpas entre os possíveis candidatos à Presidência nas eleições de 2022.
Um exemplo disto, é o ex-ministro Sergio Moro (Podemos). O ex-juiz concedeu uma entrevista À Rádio Tupi, nesta quinta-feira (9), e alegou que prefere ser alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores do que ser "cúmplice" do governo federal.
Moro deixou o cargo de ministro da Justiça em 2020 após Bolsonaro decidir exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, homem de confiança do ex-juiz. Então, Moro deixou o governo dizendo que o presidente tinha o intuito de interferir na PF.
Além disso, o pré-candidato relatou que percebeu “progressivamente” que o presidente não apoiava suas pautas quando estava no Ministério da Justiça e classificou a atitude de Bolsonaro como uma “sabotagem” ao seu trabalho.
Um exemplo de "sabotagem", segundo Moro, foi Bolsonaro sancionar a lei do pacote anticrime em 2019, mesmo após o ex-ministro pedir para vetar o texto.
Ainda de acordo com o ex-juiz, o texto original da lei era o ideal, mas as modificações do projeto ao passar na Câmara afetaram demais às medidas previstas “que prejudicavam o combate à corrupção” e, por isso, queria o veto completo do texto, o que não foi concedido pelo mandatário.
Para finalizar, Sergio Moro afirmou ter "orgulho" de não ter protegido Jair Bolsonaro e membros do governo de investigações, como, por exemplo, da Polícia Federal, Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
Fonte: TNOnline