Número de mortes de profissionais da educação sobe 128%
O encerramento de contratos de trabalho por causa de mortes de profissionais da área da educação teve um aumento de 128% de janeiro a abril de 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados pertencem ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese).
Ao todo, foram 1.479 contratos encerrados pela morte do trabalhador, incluindo professores, faxineiros, porteiros, entre outros vinculados a instituições de ensino. No mesmo período do ano passado, eram 650.
O balanço não aponta as causas da morte, mas indica uma possível relação com os casos de coronavírus.
Houve maior aumento percentual no número de registros em estados que têm maiores taxas de mortalidade por Covid-19, como Rondônia, Amazonas e Mato Grosso.
Em Rondônia, houve 17 encerramentos de contratos de trabalhadores da educação devido à morte no período de janeiro a abril de 2021. Nos mesmos meses do ano passado, houve 1 caso (aumento de 1.600%). No Amazonas, os números dos mesmos períodos são 41 casos, contra 4 (925%). Em Mato Grosso, 25 contra 4 (525%).
Em números absolutos, São Paulo lidera o número de contratos encerrados devido à morte de trabalhadores da educação. Foram 531 casos entre janeiro e abril de 2021, contra 210 no mesmo período do ano passado (aumento de 153%). Em seguida vem Rio de Janeiro, com 185 contra 107 (73% a mais); e Minas Gerais, com 121 contra 81 (49%).
Embora pesquisas apontem perda de aprendizagem de alunos que estão em aulas remotas, estados ainda apresentam falhas em protocolos de biossegurança para o retorno seguro às aulas presenciais – mesmo após 15 meses em que as escolas foram fechadas pela primeira vez, em março de 2020.
Fonte: G1