Servidoras da Saúde pedem retratação por parte de vereador

Dezenas de profissionais da Saúde de Apucarana assinaram um requerimento que foi protocolado nesta segunda-feira (28) junto a Câmara Municipal. No documento, as profissionais pedem providências ao presidente do Legislativo a respeito de declarações feitas pelo vereador Lucas Leugi, que segundo as servidoras, foram indecorosas.

No requerimento, as servidoras descreveram as declarações do vereador a respeito do trabalho de vacinação no Lagoão como "inconsequentes, pejorativas e debochadas" e que as falas dele "vem ocasionando diversas situações de desrespeito e constrangimento de populares contra as servidoras mulheres da Saúde Pública Municipal, que vêm recebendo xingamentos (...) bem como estão recebendo miados em alto tom, na rua, em clara referência à figuração utilizada pelo vereador em questão".

O documento foi lido na sessão desta segunda-feira. O vereador Lucas Leugi não se retratou a respeito das declarações em questão e disse estar sendo vítima de uma "armação política". O vereador disse ainda que tem provas a respeito da denúncia feita na semana passada, em que afirmou que dois servidores da Saúde teriam sido flagrados fazendo sexo no banheiro do Lagoão, durante a campanha de vacinação.

Entenda o caso

Durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores da última segunda-feira (21), em Apucarana, o vereador Lucas Leugi (PP) denunciou a prática de sexo nas dependências do Complexo Esportivo Lagoão, durante a campanha de imunização. O ato, segundo ele, teria ocorrido no dia 9 de junho entre dois servidores da Autarquia Municipal de Saúde em horário de expediente.

Procurado pela reportagem do TNOnline, o vice-presidente da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) Emídio Bachiega nega as acusações.

Leugi afirma que uma zeladora presenciou a cena quando foi limpar um dos banheiros. O vereador diz ter provas do ocorrido e pediu ao superintendente da Autarquia de Saúde, Marcelo Viana, a abertura de uma investigação administrativa interna, porém até agora não houve nenhuma manifestação por parte dele.

De acordo com a AMS, não existem provas do ocorrido. "Houve realmente uma história que se espalhou entre os servidores de que uma zeladora teria visto duas pessoas saindo juntas do um dos banheiros do Lagoão, minutos antes do expediente de vacinação pela manhã. Eu pessoalmente conversei com as zeladoras do ginásio e nenhuma delas afirmou ter visto coisa alguma. Não tem como abrir um processo administrativo sem provas", afirmou o vice-presidente da AMS Emídio Bachiega, na oportunidade.

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