Veteranos relembram título da bola militar em encontro no 30º BIMec .
Postado 04/05/2025 11H36

Veteranos relembram título da bola militar em encontro no 30º BIMec
Competição movimentou o quartel em 1994 e ainda é recordada por ex-militares
Veteranos do Exército Brasileiro realizam neste domingo (04) um grande encontro para relembrar momentos do quartel no 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec) em Apucarana. Uma das principais lembranças que serão divididas pelo grupo será a histórica competição de bola militar realizada em 1994, que foi conquistada pela Companhia de Comando e Serviços sobre a Companhia de Apoio. O título foi marcante, sendo lembrado até hoje pelos veteranos. A equipe não era favorita e a vitória na decisão é considerada até hoje como um grande exemplo de superação.
A bola militar é jogada com uma bola de rugby em um campo de futebol de, no mínimo, 60 m x 100 m. A disputa envolve grande número de jogadores, que podem variar de 20 a 80 militares de cada lado. A bola apropriada é a de rugby, embora possa ser usada qualquer outra. Dois pontos são marcados quando o jogador atravessar a linha do gol com a bola nas mãos. Quando somente a bola atravessar, apenas um ponto é contabilizado. É válido agarrar e abraçar o adversário pelo tronco, com ou sem bola, quando houver participação direta na jogada, com exceção do goleiro.
Em 1994, as partidas foram realizadas no campo do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), que fica próximo do batalhão. Na época, a nomenclatura da unidade era ainda 30º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz) – o batalhão virou mecanizado apenas em 2013.
O tenente da reserva José Aluisio Ribeiro de Freitas, que era da Companhia de Comando e Serviços, acompanhou, na época, a competição como supervisor do time. Ele conta que a equipe vinha de vitória contra a 2ª Companhia de Fuzileiros, enquanto a Companhia de Apoio havia ganhado da 1ª Companhia de Fuzileiros, na primeira fase da competição. Na segunda rodada, as duas companhias se encontraram. “Foi uma derrota sem precedentes da Companhia de Comando e Serviços, um massacre”, recorda, citando que o cabo Claudinei, praticamente sozinho, garantiu o triufndo de 8 a 0 com um grande desempenho.
A Companhia de Serviços era formada, em sua maioria, por soldados recrutas. O time foi dominado e os jogadores saíram arrasados de campo com a derrota sofrida por goleada.
Com essa segunda vitória, a Companhia de Apoio se classificou para a final. A Companhia de Serviços foi para a terceira rodada ainda em busca de garantir a vaga na decisão e venceu a 1ª Companhia de Fuzileiros, recuperando-se do trauma sofrido na partida anterior.
A decisão representou o reencontro da Companhia de Serviços com a favorita Companhia de Apoio. O tenente da reserva Aluisio comenta que a equipe estava preocupada diante da goleada no último encontro. O adversário tentava se impor às vésperas da final como seu famoso grito “Treme Terra”, o que fez despertar nos recrutas uma determinação de superar os favoritos.
A equipe se preparou como nunca, com estratégias para neutralizar o cabo Claudinei. O capitão da Companhia de Serviços, o cabo Diogo, coordenou os jogadores e a vitória veio contra o adversário que parecia ser imbatível. “A Companhia de Serviços venceu a partida final, apesar de todos os obstáculos que se apresentaram, desde a derrota por 8 a 0, e a pressão psicológica dentro e fora de campo, feita pelos adversários graduados e mais antigos sobre os soldados recrutas em formação militar. Essa foi uma partida de bola militar que, com certeza, marcou a vida de todos que participaram e tiveram a oportunidade de assistir à decisão. Apesar de já passados 31 anos do feito, não se apaga da memória de muitos”, conclui o oficial da reserva.
Fonte: Tnonline
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