Gripe aviária: Instituto Butantan desenvolve ‘possível vacina’ para humanos

Depois de desenvolver a CoronaVac em parceria com um laboratório chinês, o Instituto Butantan prepara mais um imunizante a ser aplicado em seres humanos. Na última semana, o órgão anunciou ter dado início ao desenvolvimento de uma “possível vacina” contra a gripe aviária em pessoas.

“No momento, os testes estão sendo realizados com cepas vacinais cedidas pela Organização Mundial da Saúde”, informa a equipe do Butantan. “O primeiro lote piloto já está pronto para testes pré-clínicos. O objetivo do instituto é preparar o país para o enfrentamento de potenciais pandemias a partir do aprendizado acumulado com o desenvolvimento e disponibilização de vacinas para covid-19 nos últimos anos.”

O Instituto Butantan afirma que a gripe aviária — também chamada de influenza H5N1 — tem potencial para se transformar em uma pandemia mundial. “Especialistas do instituto e de outras organizações de saúde brasileiras e mundiais já vislumbram essa possibilidade, pela recente disseminação de influenza aviária mundo afora, sobretudo o subtipo H5N1, que vem dizimando aves e tem uma taxa de letalidade de 50% em humano”, afirma o órgão, que é vinculado ao governo do Estado de São Paulo.

Apesar de o anúncio ter sido feito somente na semana passada, o Butantan garante que começou a desenvolver em janeiro as primeiras vacinas para seres humanos contra a gripe aviária. Além disso, o órgão ressalta o desejo de se ter um estoque para os imunizantes desse tipo de doença.

“O Butantan está estudando o desenvolvimento da vacina contra a influenza aviária, já utilizando a infraestrutura da fábrica de vacina influenza sazonal, que tem alta capacidade e obedece a normas de qualidade internacionais”, diz a diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan (CDI), Ana Marisa Chudzinski-Tavassi. “Além disso, dominamos as tecnologias de produção de vacinas em ovos.”

Gripe aviária no Brasil

Até o momento, o Brasil registra dez casos confirmados de gripe aviária — sendo todos detectados em aves silvestres. Sete diagnósticos foram em pássaros no Espírito Santos e outros três no Rio de Janeiro, com a última confirmação feita no último fim de semana.

Fonte Revista Oeste





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